Apresentação: Roger Souza
Desde
criança, lembro do meu gosto pela música. Em casa, gostava de tirar sons de
objetos distintos... batucava tudo que encontrava pela frente! Costumava montar
uma percussão com copos de vidro, latas, pratos de todos os tipos e tamanhos,
transformava tudo isso na minha própria bateria.
A
bateria sempre foi o instrumento que mais me atraiu, desde pequeno e sempre
desejava ter uma daquelas baterias pequenas para crianças. Apesar de toda a
vontade, o meu primeiro instrumento mesmo, foi um violão. Assim que ganhei,
comecei a ter aulas com o meu vizinho que era guitarrista e então aprendi a
tocar a “minha” primeira música: “Sábado de Sol” da banda Mamonas Assassinas.
Mesmo
com todas as aulas, o violão não me agradava muito, o que me agradava mesmo era
fazer bastante barulho. Algum tempo depois, ganhei uma guitarra, mas assim como
o violão, não me interessei e acabei não aprendendo a tocar direito. Vendi a
guitarra algum tempo depois. O violão, nomeado por mim de Tião, me acompanha
até hoje, mas serve apenas de decoração para a casa, pois quase nunca me
arrisco a tocá-lo.
Com
treze anos de idade, montei uma banda com alguns amigos, a Frozen Blood, na
qual eu era o baterista, mas tinha um porém: eu não tinha uma bateria.
Portanto, eu era um baterista sem uma bateria, que tocava a bateria com os
efeitos de um teclado. Tremenda decepção! Na época, o meu único contato com
esse instrumento, era nas minhas aulas no Conservatório Estadual de Música
J.K.O, mas não demorou muito para que eu desistisse, aquelas aulas teóricas de
musicalização me entediavam. O mesmo fato aconteceu quando tentei, mais uma
vez, ter aulas no Conservatório J.K.O aos dezesseis anos.
Por ser um baterista sem bateria, os outros membros da banda, começaram a me pressionar para que conseguisse uma ou me substituiriam, e como a minha mãe não tinha condições financeiras para me dar uma, decidi começar a trabalhar para que assim tivesse dinheiro para comprar a bateria e continuar na banda. Em oito meses, consegui comprar a tão sonhada bateria e depois disso, participei de outras bandas e a última, chamava-se KP10 (referência ao cabo).
Por ser um baterista sem bateria, os outros membros da banda, começaram a me pressionar para que conseguisse uma ou me substituiriam, e como a minha mãe não tinha condições financeiras para me dar uma, decidi começar a trabalhar para que assim tivesse dinheiro para comprar a bateria e continuar na banda. Em oito meses, consegui comprar a tão sonhada bateria e depois disso, participei de outras bandas e a última, chamava-se KP10 (referência ao cabo).
A
nossa banda, KP10, durou por mais ou menos, três anos. Tocávamos músicas
próprias e covers de outras bandas nacionais e internacionais. Viajávamos pela
região para tocar nas cidades vizinhas, em festas da cidade e em festivais. Como
eu não tinha mais aulas no Conservatório, dei continuidade aos estudos de
bateria sozinho e lembro-me que a música que mais me marcou, sendo a que eu
mais tinha ânsia para aprender, foi “Emit Remmus” da banda Red Hot Chili
Peppers, a qual foi uma das primeiras que toquei.
A
música sempre acompanhou e ainda acompanha a minha vida. Ela está lá, sempre
presente, seja se expressando pelos meus pés que estão quase sempre em
movimento involuntariamente acompanhando algum tipo de som, ou então nas horas que
realmente paro para apreciá-la. A música para mim é a existência.
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