Trajetória musical
Luiz Miguel Silva
Durante a minha
infância, por volta dos 7 ou 8 anos eu assistia muitos desenhos animados. Então
os primeiros registros musicais que tenho lembrança são os temas dos desenhos
que passavam na TV Cultura, como por exemplo, Pequeno Urso, Rupert, Cocoricó,
Castelo Rá-tim-bum. Um fato que achei interessante foi estudar sobre o Hélio
Ziskind, o autor de várias das músicas do Cocoricó na disciplina de
Musicalização. Também me lembro dos animes (desenhos japoneses) que assistia na
TV Globinho e no Bom dia e Cia. Havia uma versão do tema do Digimon interpretado
pela Angélica que até hoje me lembro da letra...
Com relação a minha
família também tive bastante influência. Minha mãe sempre colocava música para
ouvir enquanto arrumava a casa, seja pelo CD ou pelas estações de rádio. O meu pai
sempre tocava músicas sertanejas de raiz no violão nas reuniões de família ou nos
momentos em que estava livre. Uma das músicas que mais me marcou era “Franguinho
na panela”, devido ao fato dele ter sido criado na roça e contar as histórias
da sua vida. Isso influenciou no meu gosto musical e no interesse em tocar
violão. Nessa época passei a fazer parte do coral da igreja e comecei a
aprender várias músicas para cantar nas missas. Além de começar a aprender
violão. Lembro-me da primeira música que aprendi: A pulga e o percevejo. E os
meus gostos musicais foram se diversificando. Além do temas dos desenhos,
sertanejo de raiz e músicas católicas, eu gostava bastante de ouvir Sandy e
Júnior e Mamonas Assassinas.
O tempo foi passando,
acabei mudando para outras cidades e gostava da música que fazia sucesso no
momento. Melhorei um pouco no violão também. Por volta dos 18 anos comecei uma
nova aula de violão, pois sempre que mudava de cidade eu procurava algum lugar
para estudar. Dessa vez foi em um projeto no bairro onde eu moro. Lá comecei a
ouvir um pouco de rock por influencia dos colegas, mas preferi alguns mais “tranquilos”,
como The Beatles e Legião Urbana. E também músicas católicas, passando a tocar
no coral da igreja. Acabei gostando também de músicas clássicas, por influencia
do meu irmão mais novo que fazia conservatório, por exemplo, As quatro estações
de Vivaldi ou alguma sinfonia de Beethoven.
Hoje aos 24 anos, muita
coisa mudou. Passei a dar aulas no projeto onde aprendi violão, comecei a fazer
violino no conservatório, toco violão e contrabaixo no coral. Aprendi a tocar
músicas novas. Mas há coisas que permanecem, como o fato da minha mãe ouvir
música enquanto trabalha ou o meu pai tocar o seu violão ou ainda as minhas
lembranças das primeiras músicas que ouvi.
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