Apresentação: Trilha sonora da minha trajetória de vida
Linéa Juliana de Assis Carvalho
10/12/2017
Minha vida foi sempre embalada por canções variadas, na primeira infância por várias vezes eu e minha irmã dormimos ouvindo minha mãe ou minha tia cantando músicas como Terezinha de Jesus, Boi da Cara Preta e Se Esta Rua Fosse Minha. Outra melodia que ouvia sempre meu pai cantar pra mim quando tinha em torno de sete anos e que me marcou muito foi: “Coisinha do Pai” composta originalmente por Jorge Aragão para embalar o sono de suas filhas Vânia e Tânia e lançada no álbum "Beth Carvalho no Pagode" (1979). Em tenra idade já conhecia grandes nomes da música brasileira, mesmo que na época não me entusiasmasse muito por elas, coisa que mudou ao longo dos anos. Em casa tínhamos uma radiola, e meus pais tinham vários discos de vinil, Lps e compactos; tive contato com uma imensa variedade musical. Ouvíamos Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, Clara Nunes, Elis Regina, Bezerra da Silva, Martinho da Vila, Júlio Iglesias entre outros.
Na adolescência, quando vivíamos um momento de transição politica com o fim do regime militar, a ditadura começava seu declínio no Brasil e um novo movimento musical cheio de atitude despontava. Foi então que teve inicio a um novo repertório em casa, desenvolvendo minhas preferências musicais. O rock nacional estourou com bandas como RPM, Capital Inicial, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Roupa Nova; cantores como Kiko Zambianchi, Eduardo Dusek, Guilherme Arantes, Léo Jaime, Cazuza, Raul Seixas, Lulu Santos, Caetano Veloso e internacionais como Michael Jackson, Lionel Richie, Madonna, Bon Jovi, Guns N’ Roses, Cindy Lauper, Tina Turner, Phil Collins, Stevie Wonder dentre outros fizeram parte dessa geração de grandes sucessos. Sinto-me privilegiada em ter desenvolvido minha sensibilidade musical nessa época, e essas me acompanharam na juventude e acompanham até hoje. Grandes sucessos como "Geração Coca-Cola", "Que País é Este", "Revoluções por Minuto" em meio de tantas outras, não poderia deixar de citar "Pro Dia Nascer Feliz" que Cazuza cantou em comemoração ao fim da ditadura que se deu no 5º dia de Rock in Rio na sua primeira edição no qual coincidiu com a eleição do presidente Tancredo Neves, momento que tornou antológica a apresentação da banda.
Com o tempo ampliei muito esse repertório, dando espaço ao clássico, sertanejo, pagode e samba.
Com o tempo ampliei muito esse repertório, dando espaço ao clássico, sertanejo, pagode e samba.
A música está sempre presente nas reuniões de família, cantamos, dançamos todos os ritmos. Nas festas de fim de ano não pode deixar de tocar o clássico gravado pelos
Incríveis que se tornou uma espécie de hino do réveillon de 1976. “Marcas Do Que Se Foi” resiste ao tempo, tendo sido regravada por grupos (The Fevers, Nenhum de Nós), pagodeiros (Thiaguinho), duplas sertanejas (Zezé di Camargo & Luciano) e até por padres-cantores (Marcelo Rossi).Participando da disciplina de musicalização, tive a oportunidade de aprender sobre a importância da música na educação, para o desenvolvimento intelectual, cultural e criativo, e a ter mais atenção ao ouvir uma música valorizando os instrumentos usados em sua composição. Essa eletiva proporcionou-me reviver momentos que foram eternizados pela boa música.
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